Autoestima e o julgamento
Fazendo as pazes com você
Sabe aquela história de "não julgar para não ser
julgado"? É facilmente comprovável, vejamos: se você observar algo em
alguém, as roupas, o peso, o corte de cabelo, a comunicação, o poder
aquisitivo, as companhias, enfim, qualquer coisa, e criticar com freqüência,
julgar várias pessoas pelo mesmo critério, você terá um hábito desenvolvido que
fará você, sem que ao menos perceba, repita este padrão não só para perceber as
pessoas, mas também para perceber-se a si mesmo.Antes mesmo de reparar nas
pessoas a roupa, o penteado, o status, é bem provável que você já tenha feito o
mesmo com você, afinal, o julgamento começa em algum lugar. Por exemplo, se
você julga o tipo de roupas que as pessoas vestem, se preocupará com as roupas
que você veste e como as pessoas estão te vendo. Ou seja, não só sua energia
psíquica será dirigida a julgar o outro, mas também será consumida se julgando
e temendo o julgamento alheio. É uma grande armadilha na qual o indivíduo se
posiciona sem perceber, pois podemos, com toda certeza, afirmar que ninguém te
julga mais do que você.
É natural que você tente fugir do julgamento, da culpa, da
rejeição, da censura e da punição, mas como é possível fugir dos próprios
pensamentos? Desse modo, repetindo o padrão o incômodo fica, é obvio, afinal se
você não gosta de alguém, você afasta. Mas o que fazer quando você não gosta de
si próprio? Onde quer que você esteja você estará lá! É possível se afastar das
pessoas, se isso convier, mas se afastar de si mesmo é impossível. E é habitual
se achar uma boa companhia se a idéia for considerar o que o outro deve pensar,
mas se a referência for a percepção de si próprio, o resultado pode ser
negativo: não sentir que é uma boa companhia e não sentir a segurança de ser.
Totalmente contraproducente para quem quer ser feliz, não é mesmo?
Julgar o outro gera o próprio julgamento e vice e versa.
Quer uma demonstração? Imagine uma pessoa que tem medo que reparem em sua
aparência. Facilmente você encontrará uma pessoa que, além de reparar na
aparência das pessoas, repara em sua própria aparência, de modo bem crítico. O
fator "aparência" precisa receber muita atenção para virar uma
preocupação, compreende?
Assim, é preciso ter em destaque o que supostamente deveria
ser reprovado, como o peso, o penteado, os amigos, o status, para poder reparar
tanto no outro e temer que o outro repare em você. No espelho da vida, o seu
reflexo precisa ser apreciado por você para que você possa se sentir adequado e
sentir o mundo de modo positivo. O que pode haver de errado ou reprovável nas
pessoas? O peso? As roupas? O que está em destaque e é alvo das críticas e
julgamentos? Reflita sobre isso, que como resultado você terá as dicas de onde
esta ferida sua autoestima.
Relaxe. Aceite as pessoas, estime-as por quem elas são e se
estime por quem você é. Julgar é um hábito e pode ser substituído por outro, o
de não julgar. E o segundo é tão agradável e leve, que á medida que o
desenvolvemos, ficamos cada vez mais motivados a desaprender o antigo e
fortalecer o novo hábito. Agir gera motivação.
Seja a sua melhor companhia e se curta; e aceite com carinho
e benevolência o que o rodeia, e quem o rodeia, afinal, como você se vê é o
modo como você vê o mundo, da mesma forma que o modo como você percebe o mundo
é o modo como você se percebe. Somos seres integrais, sem separação do todo.
Nossa realidade interior dá significado ao mundo exterior e a nossa percepção
de mundo define e valida a auto percepção. É um caminho de duas vias que de
negativo e destrutivo pode passar a ser nutritivo realizador e edificante.
A vida é uma viagem maravilhosa, e quem se senta mais
próximo a você no trem da vida, bem do ladinho, é você! Sendo assim, mãos a
obra! E lembre-se de entrar em contato se precisar de uma mãozinha extra.
Abraços.
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